Investimento e abrangência
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lançou, em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e o Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW), o edital que selecionará seis redes regionais para criar Núcleos de Desenvolvimento da Sociobioeconomia em áreas estratégicas da Amazônia. Além disso, a chamada pública marca a primeira ação oficial do Projeto Sociobioeconomia na Amazônia, que conta com aporte de R$ 70,2 milhões. Consequentemente, cada território poderá receber até R$ 11,7 milhões.
Os seis territórios prioritários da Amazônia Legal são: Altamira (PA), Portel (PA), Salgado-Bragantino (PA), Macapá (AP), Juruá-Tefé (AM) e Rio Branco–Brasileia (AC). Assim, o edital abrange regiões com grande relevância socioambiental.
Objetivos do projeto
De acordo com Bruna De Vita, Diretora do Departamento de Políticas de Estímulo à Bioeconomia do MMA, o projeto reúne um “conjunto sólido de inteligência e conhecimento em bioeconomia”. Além disso, ela explica que a iniciativa foi estruturada considerando fatores como presença de povos tradicionais, unidades produtivas e centros de ciência e tecnologia.
Dessa forma, os núcleos deverão reunir:
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organizações comunitárias,
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empreendimentos locais,
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cooperativas,
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instituições de apoio técnico,
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centros de ciência, tecnologia e inovação.
Com isso, essas redes se tornarão referências regionais em formação, assistência técnica, gestão de negócios, comunicação e inovação produtiva. Por fim, as inscrições seguem abertas até 9 de janeiro de 2026, e o edital está disponível em fas-amazonia.org/sociobio.
Contrato e recursos financeiros
O lançamento do edital ocorreu simultaneamente à assinatura de um novo contrato entre FAS, KfW e MMA. Enquanto isso, o acordo garante R$ 120 milhões para implementação do projeto. Ao todo,
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86% serão destinados diretamente à execução das ações de bioeconomia;
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14% apoiarão a gestão e administração ao longo dos cinco anos.
A cerimônia de assinatura ocorreu no Barco Cultural Banzeiro da Esperança, em Belém (PA), reunindo lideranças comunitárias do Amazonas. Portanto, o lançamento reforça o compromisso com ações concretas e de grande escala na região.
Apoio internacional e visão estratégica
Para Jens Mackensen, chefe da Divisão de Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos do KfW, a parceria reforça o compromisso com o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Segundo ele, a pressão pública e comunitária “faz as políticas públicas evoluírem e chegarem aos territórios com mais eficiência”. Além disso, ele destacou a importância da continuidade na cooperação internacional.
Papel da FAS e impacto na Amazônia
A Fundação Amazônia Sustentável atuará como agência implementadora, responsável pela execução técnica e financeira em conjunto com o MMA e sob acompanhamento do KfW. Consequentemente, o investimento fortalecerá a transição para uma economia amazônica sustentável e inclusiva, apoiando cadeias produtivas de povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares.
Por outro lado, o projeto também pretende ampliar a geração de renda e promover autonomia local. Assim, consolida-se uma iniciativa que busca integrar conservação ambiental, inclusão social e desenvolvimento econômico.
Como destaca Virgilio Viana, superintendente-geral da FAS, esta é “uma das maiores iniciativas já lançadas na Amazônia para integrar conservação ambiental, desenvolvimento econômico e inclusão social”.
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