Encerramento do festival
A 7ª edição do Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte terminou no domingo (21/09) com a tradicional cerimônia de premiação. O evento aconteceu no Teatro Amazonas e contou com a exibição do longa “A Natureza das Coisas Invisíveis”, de Rafaela Camelo (Distrito Federal), encerrando a programação em grande estilo.
Realizado pela Artrupe Produções, em parceria com o Cine Set e a Itaú Cultural Play, o festival teve apoio da Atelo, Amazonas Shopping e do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
Grande vencedor da noite
Entre os premiados, o curta-metragem “Boiuna”, do Pará, dirigido por Adriana de Faria, se destacou como o mais premiado. A produção conquistou cinco troféus: Melhor Filme, Melhor Atuação, Melhor Direção de Fotografia, Melhor Som e Prêmio ItaúCultural Play, além de uma Menção Honrosa do Júri Jovem.
“Estou muito feliz e realizada, principalmente porque vários setores do filme foram reconhecidos. Saio com coragem para realizar mais coisas e continuar fazendo cinema”, afirmou a diretora.
O olhar do júri
A atriz e produtora Karla Martins, do Acre, integrou a equipe de jurados da Mostra Amazônia. Para ela, participar da seleção foi um momento de grande importância:
“É uma honra poder apreciar essa janela tão vasta de tudo que é produzido e perceber o tanto de investimento que tem sido feito no audiovisual. Isso permite à Amazônia alcançar outro patamar.”
Sucesso de público
De acordo com o curador Diego Bauer, o público foi o grande diferencial desta edição. A plateia registrada foi a maior desde a criação do festival.
“Temos a meta de superar cada edição. Este ano houve uma evolução notável, inclusive alcançando pessoas que nunca tinham visitado o Teatro Amazonas para prestigiar o festival”, destacou Bauer.
A visitante Sabrina Nunes, de 29 anos, veio do Rio Grande do Sul com a família e se surpreendeu:
“Decidimos assistir ao último filme e nos conectamos muito com a história. Foi bem surpreendente.”
Números e impacto cultural
O Olhar do Norte 2025 recebeu 832 inscrições para as mostras competitivas Amazônia, Outros Nortes e Olhar Panorâmico, além da mostra não competitiva Olhinho.
Em seis edições, o festival já alcançou 5.200 pessoas presencialmente e 9.000 on-line. Foram exibidos mais de 220 curtas, além de 14 longas convidados, 15 rodas de conversa, 20 debates, 14 oficinas formativas e 10 masterclasses.
Para a identidade visual deste ano, o designer Yan Bentes criou uma ilustração marcante: três mulheres — avó, mãe e filha — unidas pelas mãos, simbolizando afeto, memória e transmissão de saberes.
Vencedores por categoria
Mostra Amazônia
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Melhor Filme: Boiuna (PA)
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Melhor Filme Voto Popular: Ticar Bodó (AM)
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Prêmio Especial do Júri: DaSilva DaSelva (AM)
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Melhor Direção: Sérgio de Carvalho e Alexandre Barros – Noke Koi (AC)
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Melhor Roteiro: Anderson Mendes – DaSilva DaSelva (AM)
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Melhor Atuação: Jhenifer Santos – Boiuna (PA) e Moacy Freitas – DaSilva DaSelva (AM)
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Melhor Direção de Fotografia: Thiago Pelaes – Boiuna (PA)
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Melhor Montagem: Kalel Pessôa – Pálido Ponto Vermelho (PA)
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Melhor Direção de Arte: Fabiano Barros – Mucura (RO)
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Melhor Som: Lucas Coelho – Boiuna (PA)
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Melhor Figurino: Ketlen Suzy – Americana (PA)
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Melhor Maquiagem: Vitória Tabanã e Bruno Ferreira – Americana (PA)
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Menções Honrosas: Entre as Nuvens (RR) e Llaneros em Boa Vista (RR)
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Prêmio ItaúCultural Play: Boiuna (PA)
Olhar Panorâmico
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Melhor Filme: A Bici de Ramon (RR)
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Melhor Filme Voto Popular: A Bici de Ramon (RR)
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Menção Honrosa: E Assim Aprendi a Voar (RO)
Outros Nortes
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Melhor Filme: Dois Nilos (RJ)
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Melhor Filme Voto Popular: Cavaram uma Cova no Meu Coração (AL)
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Menções Honrosas: E Seu Corpo É Belo (RJ) e Ataques Psicotrônicos (BA)
Júri Jovem
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Melhor Filme: Mucura (RO)
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Menções Honrosas: Boiuna (PA) e Americana (PA).
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