Na manhã deste domingo (29/12), o centro histórico de Manaus foi tomado pelo entusiasmo da 3ª Corrida do Teatro Amazonas, que celebrou os 128 anos do maior ícone cultural do estado. Com mais de 2 mil inscritos, o evento uniu esporte e cultura em um percurso de 7 quilômetros, passando por marcos históricos como Largo de São Sebastião, Praça da Matriz, Palácio Rio Negro e Parque Jefferson Peres.
A Corrida do Teatro Amazonas é uma realização da Smart Digital, com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e assessoria técnica da Endurance Sports. “Esse é um evento emblemático para celebrar a história e a cultura do Amazonas. Passamos por espaços icônicos e mostramos que o esporte e a arte podem transformar vidas. É um presente para o povo de Manaus”, resumiu o secretário em exercício de Cultura e Economia Criativa, Candido Jeremias.
A largada e a chegada foram registradas no pórtico montado em frente ao Teatro Amazonas, onde o público pôde sentir a energia da corrida misturada à emoção de homenagear o teatro centenário.
Corrida marcada pela emoção
Entre as famílias participantes estava a de Railene Ardaya, que fez a sua estreia na corrida do Teatro ao lado das filhas Quezia e Luana Ardaya. Para elas, o evento foi mais do que uma simples corrida, foi a realização de um desejo que vinha sendo planejado durante meses. “Quando descobrimos que seria a última corrida do ano, decidimos que era agora ou nunca! Foi emocionante participar de algo tão especial e que celebra o Teatro Amazonas, um ícone do nosso estado”, afirmou Quezia.
A corrida também contou com momentos de superação e inspiração. Os paratletas Cristina Maximiano e Franciomar Bastos, emocionaram o público ao cruzarem a linha de chegada. “Participar da corrida do Teatro foi muito especial para nós. Representar as pessoas com deficiência em um evento que celebra o Teatro Amazonas é mostrar que somos capazes de superar barreiras, tanto no esporte quanto na vida”, comentou Franciomar, que alcançou o segundo lugar na categoria cadeirante. Cristina, a campeã entre as cadeirantes, completou: “A maior vitória é estar aqui juntos, mostrando que o amor pelo esporte transforma vidas”.
As amigas Eugênia de Araújo, Vera Queiroz, Izabel Cristina e Andréia Avinte participaram pela segunda vez da Corrida Teatro Amazonas. Apesar dos treinos de rotina, entre os percursos de 2 e 10 quilômetros, elas decidiram encarar juntas mais uma edição do evento. “Se tivéssemos que resumir a experiência de correr juntas aqui em uma palavra, seria ‘superação’. Cada quilômetro foi uma conquista, e fazer isso juntas torna tudo ainda mais especial. Participar novamente dessa corrida nos fortalece como amigas e como mulheres”, destacou Eugênia, representando o grupo.
Cultura e história
Os atores da Companhia de Teatro Metamorfose, vestidos com trajes de época, adicionaram um toque de nostalgia ao evento, interagindo com os corredores e o público. “Estar aqui é reviver a história do Teatro Amazonas e mostrar que ele é mais que um prédio, é parte da nossa vida e identidade cultural. Nós, artistas, precisamos cuidar desse espaço como se fosse um pedaço de nós mesmos, porque ele é a alma do nosso trabalho”, afirmou o ator Weldson Rodrigues.
Topo do pódio
Na categoria feminina, Geciane Araújo, natural do município de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus), comemorou seu primeiro pódio no evento. “Foi uma grande honra representar as mulheres trabalhadoras que se dedicam ao esporte. As ladeiras foram um desafio, mas com treino e persistência consegui alcançar o meu ritmo. Essa vitória é dedicada a todas as mulheres batalhadoras da minha cidade”, disse.
Luis Moura Camelo, campeão da categoria geral masculino, destacou os desafios do percurso: “Foi uma corrida incrível! As ladeiras foram difíceis, mas Manaus é assim, e nós treinamos para isso. A organização foi excelente”.
O evento, inserido no calendário esportivo oficial da cidade, reafirma o compromisso do estado, no sentido de promover a integração entre esporte e cultura, celebrando o passado e inspirando o futuro.
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