Encontro em Parintins
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), realizou, nesta quinta-feira (04/09), mais uma edição dos Diálogos em Parintins (a 369 km de Manaus). Além disso, o evento reuniu representantes da sociedade civil para discutir o Plano Estadual de Bioeconomia e propor caminhos para o desenvolvimento sustentável do município.
Participação da sociedade civil
Representando a Sedecti, a gerente do Departamento de Bioeconomia e Ações Estratégicas (DBA), Giovanna Libânia, destacou a importância da presença de quilombolas, indígenas, professores, estudantes, membros de instituições públicas e produtores.
Segundo ela, o encontro foi fundamental para ouvir as contribuições locais e identificar a realidade de quem vive da bioeconomia em Parintins.
“Essas pessoas identificaram o evento como um trabalho colaborativo, construído com várias mãos. Dessa forma, vamos conseguir desenvolver o Amazonas de maneira justa e participativa”, afirmou Giovanna.
Contribuições da academia
A professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Marklize Siqueira, ressaltou que os diálogos só ganham força quando há escuta ativa. Além disso, ela elogiou a iniciativa da secretaria e reforçou que o plano precisa refletir as necessidades da população.
“Sem consultar e ouvir a população, é impossível construir um plano de bioeconomia que atenda aos interesses do povo amazonense. Portanto, esse momento de diálogo é fundamental para que o Plano tenha a cara do Amazonas”, destacou Marklize.
Educação e sustentabilidade
A coordenadora de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sedema), Karoline Fernandes, apontou a relação entre bioeconomia e educação como essencial para a preservação ambiental.
“A educação ambiental não serve apenas para evitar desmatamento e poluição. Assim, o Plano de Bioeconomia fará com que as pessoas repensem práticas e compreendam como manter suas atividades no futuro. Além disso, precisamos de políticas públicas que apoiem esse processo”, reforçou Karoline.
Saberes tradicionais
A estudante de Serviço Social pela Ufam e representante do povo Sateré-Mawé, Cleiciane Costa Barbosa, defendeu a valorização dos conhecimentos ancestrais. Por outro lado, ela destacou que a integração entre povos indígenas e não indígenas fortalece o processo.
“Muitas vezes nossos conhecimentos não são reconhecidos pela ciência. Entretanto, essa troca é positiva porque integra tecnologias e saberes tradicionais, gerando práticas sustentáveis para todos”, declarou Cleiciane.
Organização do evento
O encontro em Parintins foi realizado em parceria entre a Sedecti, a Prefeitura Municipal de Parintins e o Sebrae. Consequentemente, reforçou-se a união entre governo, sociedade civil e instituições de apoio para construir o Plano Estadual de Bioeconomia de forma participativa e inclusiva.
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