A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), concluiu nesta quarta-feira, 10/12, o curso de qualificação para profissionais da rede básica sobre o uso da laserterapia no tratamento de lesões relacionadas ao diabetes. A tecnologia já está disponível nas unidades municipais de referência e, além disso, reduz dor e inflamação, melhora a circulação e acelera a recuperação dos ferimentos.
Capacitação dos profissionais
Ao todo, 78 enfermeiros que atuam nas 39 unidades de referência participaram da formação. Eles foram divididos em quatro turmas e passaram por aulas teóricas e práticas sobre o manuseio seguro dos equipamentos de laser de baixa potência.
A chefe do Núcleo de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Circulatórias e Diabetes da Semsa, enfermeira Phamela Costa, destacou que a capacitação encerra o processo de implantação da terapia. Segundo ela, a Semsa já havia adquirido os aparelhos e definido o Procedimento Operacional Padrão (POP).
“A laserterapia fortalece o trabalho das equipes e melhora a cicatrização, reduzindo dor, inflamação e desconforto durante o curativo”, explicou a gestora.
Início do atendimento com laserterapia
Com o fim das capacitações, as unidades começaram a oferecer o tratamento. Primeiro, as equipes realizam uma avaliação para verificar se o paciente está apto à terapia. Depois disso, aplicam o protocolo definido pela secretaria.
O curso iniciou no dia 26/11 com profissionais do Distrito de Saúde (Disa) Leste. Em seguida, avançou para os Disas Oeste e Rural, no dia 3/12, e Norte, no dia 5/12. A última turma, com servidores do Disa Sul, concluiu a formação nesta quarta-feira.
Como funciona a técnica
O facilitador do curso, enfermeiro estomaterapeuta Ítalo Cruz, explicou que a laserterapia é uma técnica segura, indolor e não invasiva. Ela utiliza radiação de luz vermelha e infravermelha de baixa intensidade para estimular a multiplicação celular, acelerando a cicatrização.
Segundo Ítalo, a redução do tempo de cura é significativa.
“Um ferimento que levaria meses para cicatrizar pode melhorar até três vezes mais rápido com o laser. Isso representa um grande ganho para a população”, afirmou o profissional, que atua na Unidade de Saúde da Família (USF) Franco de Sá.
Ele explicou ainda que os profissionais aprenderam a ajustar a potência do equipamento conforme o grau da lesão, seguindo a classificação de Texas. Isso garante melhores resultados e um atendimento mais eficiente.
Cenário das lesões diabéticas
Atualmente, a Semsa Manaus acompanha 9.153 usuários em tratamento de lesões relacionadas ao diabetes. No último ano, 312 pacientes receberam alta. As lesões são complicações comuns e resultam de danos aos nervos periféricos causados pela hiperglicemia crônica. Por serem difíceis de tratar, podem levar à perda de membros, o que impacta a vida física, psicológica e social do usuário.
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