O Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), realizou um evento nesta sexta-feira (25/07) em celebração ao Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico. Na ocasião, foram lançados o Perfil da Pós-graduação Stricto Sensu do Amazonas 2017/2024 e oito novos editais para o segundo semestre de 2025, dos quais seis são inéditos.
Com isso, o Estado investirá R$ 11,5 milhões — recursos próprios do tesouro estadual — para financiar 120 projetos de pesquisa.
Ciência no coração da indústria
Pela primeira vez, o evento aconteceu na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), reunindo empresários, gestores, pesquisadores e representantes de federações como Fecomércio, Faea e Suframa.
A diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales, destacou que essa integração entre ciência e mercado representa um passo estratégico. Segundo ela, o diálogo entre pesquisadores e setor produtivo, fomentado pelo governador Wilson Lima, vem fortalecendo o desenvolvimento regional.
A importância da CT&I para o desenvolvimento sustentável
Representando o governador, o secretário da Sedecti, Serafim Corrêa, enfatizou que o setor produtivo não avança sem ciência, tecnologia e inovação. Por isso, a sinergia entre academia, indústria e governo é vista como fundamental.
Nesse sentido, o presidente da Fecomércio, Aderson Frota, reforçou o apoio da instituição ao trabalho da Fapeam, elogiando o comprometimento da fundação com o avanço científico e tecnológico no estado.
Pesquisadores reconhecem o impacto dos investimentos
O pesquisador Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia, também destacou o papel da Fapeam no cenário local. Segundo ele, a competitividade internacional exige estrutura, financiamento e políticas públicas que valorizem a pesquisa científica.
Dessa forma, o apoio da Fapeam tem sido essencial para a qualificação de novos talentos e para a produção científica com reconhecimento global.
Lançamento do Perfil da Pós-graduação Stricto Sensu
Entre os destaques do evento, foi apresentado o documento “Perfil da Pós-graduação Stricto Sensu do Amazonas – 2017/2024”, com dados da Plataforma Sucupira e do SigFapeam.
O objetivo é claro: fornecer uma visão abrangente da evolução dos cursos de mestrado e doutorado no estado. Além disso, o perfil servirá como base estratégica para políticas públicas voltadas ao setor educacional e à CT&I.
Márcia Perales explicou que a ferramenta ajuda a medir o impacto dos investimentos e a orientar decisões. Por exemplo, os dados revelam que houve avanço na qualidade e quantidade dos cursos, inclusive com maior interiorização da pós-graduação.
Oito editais lançados e foco em inovação
Durante o evento, a Fapeam anunciou oito editais, sendo seis deles inéditos. Todos estão alinhados ao Plano Plurianual (PPA 2024–2027) e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Confira os novos programas:
Fronteiras do Conhecimento/Fapeam
AQUA CT&I Fapeam
BIGAMAZONAS CT&I/Fapeam
Educatec-IN/Fapeam
PROPG-EX/Fapeam
Painter – Ciência, Floresta e Cidadania
Além disso, as versões atualizadas dos programas PAPEA CT&I/Fapeam e Prodoc/Fapeam também foram lançadas.
Acesse os editais: fapeam.am.gov.br/editais
Investimentos que mudam realidades
De 2019 a 2025, o Amazonas investiu mais de R$ 877 milhões em Ciência, Tecnologia e Inovação. Esse recurso viabilizou 25.762 projetos distribuídos em 170 chamadas públicas, sendo 80 editais inéditos.
Portanto, o impacto na formação de capital humano é notável:
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15 mil bolsas de iniciação científica júnior
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9 mil bolsas de iniciação científica
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6 mil bolsas de mestrado e doutorado
Consequentemente, hoje 94 cursos de pós-graduação stricto sensu recebem apoio direto da Fapeam.
Mulheres liderando na ciência
Outro dado relevante é o investimento na participação feminina em ciência. De 2021 a 2025, o Estado destinou R$ 25,6 milhões para apoiar projetos liderados por mulheres cientistas, tanto na capital quanto no interior.
Atualmente, elas são maioria nas bolsas de mestrado (60%) e já ultrapassam os homens no doutorado (53%). Ou seja, o Amazonas também avança na equidade de gênero na produção científica.