Com o avanço das mudanças climáticas, eventos extremos como secas, enchentes e ondas de calor tornaram-se mais frequentes. Diante desse cenário, o combate às emissões de gases do efeito estufa se tornou prioridade global. Uma das formas mais eficazes — e muitas vezes subestimadas — de agir é através da eficiência energética.
O que é eficiência energética, afinal?
De forma simples, eficiência energética significa fazer mais com menos. Ou seja, usar menos energia para realizar as mesmas tarefas. Isso inclui desde ações básicas, como substituir lâmpadas por modelos LED, até medidas mais amplas, como modernizar sistemas industriais ou redes elétricas.
Além disso, ao reduzir o consumo de energia, também diminuímos a dependência de combustíveis fósseis — responsáveis por grande parte das emissões globais de CO₂.
Eficiência energética é impacto na prática
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), aproximadamente 40% da redução de emissões necessárias até 2050 pode vir de ganhos em eficiência energética. Ou seja, não se trata de uma solução futurista, mas de algo que já pode ser implementado em larga escala.
Por exemplo, uma indústria que troca motores antigos por versões mais modernas consome menos eletricidade e gera menos impacto ambiental — tudo sem comprometer sua produtividade.
Como isso se aplica no nosso dia a dia?
As aplicações são muitas. Em residências, trocar eletrodomésticos antigos por modelos com selo Procel ou Energy Star pode reduzir a conta de luz em até 30%. Da mesma forma, ajustar o termostato do ar-condicionado ou manter geladeiras bem vedadas também colabora.
No transporte, veículos elétricos, bicicletas, e a melhoria do transporte público contribuem para maior eficiência e menor poluição. Em todos os casos, pequenas mudanças geram grandes impactos quando adotadas em escala.
Por que ainda desperdiçamos tanta energia?
Mesmo com tantos benefícios, a eficiência energética ainda é pouco explorada em diversos setores. Isso acontece por diversos motivos: desde falta de informação até ausência de incentivos financeiros. Muitos consumidores, por exemplo, ainda acreditam que aparelhos eficientes são mais caros — o que nem sempre é verdade, considerando a economia gerada ao longo do tempo.
Além disso, governos precisam investir mais em políticas públicas que estimulem a modernização de equipamentos e criem mecanismos de financiamento acessíveis.
Um futuro mais sustentável começa pela eficiência
Investir em eficiência energética traz retorno financeiro, melhora o desempenho ambiental e contribui diretamente para as metas climáticas internacionais. Mais do que isso: é uma solução de curto prazo, que não depende de tecnologias ainda em desenvolvimento.
Portanto, enquanto discutimos soluções de longo prazo, como o hidrogênio verde ou a captura de carbono, a eficiência energética já está pronta para ser usada — e com grande impacto.
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