O Brasil consolida sua posição como uma das maiores potências em energia renovável do mundo. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) indicam que mais de 85% da matriz elétrica do país já utiliza fontes limpas, como hidrelétrica, solar, eólica e biomassa. Esse avanço não apenas contribui diretamente para o combate às mudanças climáticas, como também impulsiona a economia e gera empregos em diversas regiões.
Nos últimos anos, a expansão das energias renováveis tem sido liderada principalmente pela energia solar e eólica. No Nordeste, por exemplo, os parques eólicos conseguem atender até 90% da demanda energética da região em determinados períodos. Enquanto isso, no Centro-Oeste e no Sudeste, cresce rapidamente a instalação de painéis solares em residências, comércios e propriedades rurais.
Segundo Marina Duarte, especialista em transição energética, os investimentos no setor seguem em ritmo acelerado. Ela destaca: “O Brasil possui um dos melhores potenciais do mundo. Apostar em energia renovável significa promover desenvolvimento econômico, gerar empregos e garantir segurança energética”.
Além disso, o mercado de energia limpa atrai cada vez mais empresas estrangeiras interessadas em alinhar suas operações às metas globais de descarbonização. Somente em 2024, o setor recebeu mais de R$ 30 bilhões em investimentos privados, conforme aponta um levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
Apesar de todos esses avanços, o país ainda precisa superar alguns desafios importantes. Entre as prioridades estão a expansão das linhas de transmissão, a regulamentação eficiente do mercado de carbono e o fortalecimento dos incentivos à produção de hidrogênio verde.
Dessa forma, o Brasil não apenas se prepara para atender sua própria demanda energética de forma sustentável, mas também busca se consolidar como uma referência global na transição para uma economia de baixo carbono.