O Encontro Juventudes Amazônia COP30 será realizado de 25 a 28 de junho no Quilombo São Francisco do Bauana, em Alvarães (AM). Reunindo mais de 300 jovens e lideranças extrativistas da Amazônia, o evento fortalece a participação das juventudes na defesa do clima, da floresta e dos territórios tradicionais, além de prepará-los para a COP30, que ocorrerá em Belém (PA).
Juventudes unidas pelo clima e pela defesa dos territórios
Com o tema “Juventudes Extrativistas de Mãos Dadas pelo Clima, Rumo à COP30”, o encontro tem como principal objetivo fortalecer o protagonismo jovem na proteção dos territórios tradicionais de uso coletivo. Além disso, busca preparar as juventudes para uma atuação ativa na COP30, que ocorrerá em Belém (PA), em 2025.
Dessa forma, o evento também destaca como esses territórios são fundamentais tanto para o enfrentamento da crise climática quanto para a manutenção da sociobiodiversidade e da qualidade de vida das comunidades tradicionais.
Principais temas que serão debatidos
Durante os quatro dias de evento, os debates estarão organizados em sete eixos temáticos, que abrangem desde a história de resistência dos povos extrativistas até a preparação para a COP30:
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40 anos de luta do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS)
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Protagonismo jovem na formação e educação socioambiental
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O papel dos territórios de uso sustentável no combate à crise climática
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Regularização fundiária e infraestrutura nas Reservas Extrativistas (RESEXs)
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Gestão socioprodutiva e acesso a financiamento para a economia da sociobiodiversidade
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Gestão e organização social dos territórios tradicionais
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Preparação das juventudes para a COP30 e celebração dos 35 anos da primeira Resex do Brasil
A juventude como protagonista no enfrentamento da crise climática
De acordo com Júlio Barbosa, presidente do CNS, é essencial reconhecer as juventudes como agentes políticos e protagonistas na defesa dos territórios e da sociobiodiversidade.
“As juventudes dos povos e comunidades tradicionais seguem em constante movimento, reinventando formas de resistência, protegendo as florestas, as águas e os campos. São guardiões de modos de vida ancestrais que, hoje, também representam caminhos fundamentais para enfrentar a crise climática”, afirma.
Além disso, Júlio reforça que o evento vai além de um espaço de fala. Trata-se, sobretudo, de um ambiente de escuta, construção coletiva e fortalecimento da mobilização.
“Queremos uma COP com a cara dos nossos territórios, com as vozes das nossas comunidades e com a força das nossas juventudes”, completa.
Desafios, soluções e fortalecimento dos territórios
Enquanto isso, os desafios na região amazônica continuam crescendo. O bioma enfrenta problemas como desmatamento, queimadas e garimpo ilegal, que impactam diretamente os modos de vida das populações tradicionais.
Portanto, encontros como este se tornam ainda mais urgentes. Afinal, eles não apenas fortalecem a luta pelos direitos dos povos tradicionais, mas também contribuem com soluções concretas e sustentáveis para o enfrentamento da crise climática.
Quem organiza e apoia o evento
O III Encontro das Juventudes, Povos e Comunidades Tradicionais é uma realização do:
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Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS)
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Memorial Chico Mendes (MCM)
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Jovens Protagonistas (JP)
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Associação dos Moradores e Produtores Agroextrativistas da Flona Tefé (APAFE)
Além disso, conta com o apoio de organizações nacionais e internacionais, como:
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Instituto Internacional de Educação Ambiental do Brasil (IEB)
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SOS Amazônia
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Instituto Clima e Sociedade (ICS)
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Fundação Amazônia Sustentável (FAS)
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Rainforest Noruega (RFN)
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Cooperação Técnica Alemã (GIZ)
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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
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Prefeitura e Câmara Municipal de Alvarães
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CONAQ-AM
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Grupo Mulheres Protagonistas da Flona Tefé
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Quilombo São Francisco do Bauana, entre outros parceiros.
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