As fabricantes instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) produziram 35.429 bicicletas em abril, um crescimento de 21,6% em relação a março e de 3,7% na comparação com abril de 2024. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, foram fabricadas 118.614 unidades, desempenho semelhante ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).
“Os resultados de abril indicam sinais de recuperação no segmento, acompanhando uma tendência observada em mercados internacionais, especialmente com a alta demanda por bicicletas elétricas, que lideram esse crescimento”, afirma Fernando Rocha, vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo.
Crescimento por categoria
A produção de bicicletas elétricas foi destaque, com crescimento de 71,3% no quadrimestre, totalizando 10.459 unidades. A categoria representa 8,8% da produção total do polo em 2025, ante 5,1% no mesmo período de 2024. Outro segmento com alta significativa foi o infantojuvenil, que somou 17.643 unidades no ano um avanço de 21,5% em relação ao mesmo período de 2024. Em termos de volume, ficou na terceira posição, com 14,9% de participação, atrás das categorias Mountain Bike/MTB (54,9%) e Urbana/Lazer (17,8%).
Os dados mensais reforçam esse cenário, mantendo a mesma ordem de liderança:
MTB: 53,7%
Urbana/Lazer: 17,2%
Infantojuvenil: 14,5%
Destino da produção por região
No acumulado do ano, a maior parte da produção foi destinada ao Sudeste, com 54,5% de participação. Em seguida, vieram as regiões:
Sul: 14,2%
Nordeste: 14,1%
Centro-Oeste: 10,3%
Norte: 6,8%
Na análise mensal, o ranking teve leve alteração nas últimas posições:
Sudeste: 50,4%
Sul: 15,2%
Nordeste: 12,2%
Norte: 11,4%
Centro-Oeste: 10,9%
Com a retomada gradual da produção e o avanço expressivo de categorias como a elétrica e infantojuvenil, o Polo Industrial de Manaus consolida sua relevância na indústria nacional de bicicletas. A tendência de crescimento, impulsionada por mudanças nos hábitos de mobilidade e lazer, reforça o papel estratégico do setor para a economia e para a promoção de um estilo de vida mais saudável e sustentável no país.
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