O Estado do Amazonas vai apresentar seu Plano Estadual de Bioeconomia durante a COP30, conferência climática marcada para novembro, em Belém do Pará. O documento propõe um novo modelo de desenvolvimento, baseado na floresta em pé, na valorização da biodiversidade e na inclusão de comunidades tradicionais.
A economista Michele Aracaty, professora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-AM), confirmou a apresentação. Ela também integra o grupo de trabalho coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEDECTI), responsável pela elaboração do plano.
Caminho para a economia verde
Segundo Michele, o plano representa um avanço histórico nas políticas públicas do estado. Com isso, o Amazonas assume papel de liderança no mercado emergente da bioeconomia.
“A bioeconomia é um dos pilares mais importantes da economia verde. Quando o Estado investe nesse plano, ele aposta no futuro com base em nossas riquezas naturais”, destacou a economista.
Além disso, o documento estabelece metas para geração de empregos, inovação e valorização das cadeias produtivas sustentáveis.
Colaboração fortalece a proposta
Desde o início, o plano foi construído de forma participativa. Além do governo estadual, o processo envolveu universidades, organismos internacionais como a OEA, sociedade civil, especialistas e comunidades locais.
Por isso, a equipe realizou audiências públicas em municípios do interior. O objetivo foi ouvir as necessidades reais da população e construir soluções viáveis.
“O maior desafio é tirar o plano do papel. Por isso, buscamos escutar quem está na base da economia e propor ações que funcionem de verdade”, explicou Michele.
Cadeias produtivas com maior potencial
Durante os estudos técnicos, os especialistas mapearam 44 cadeias produtivas com potencial para a bioeconomia. No entanto, o plano priorizou 14 delas, consideradas mais estruturadas e com maior capacidade de gerar valor agregado.
Dessa forma, o governo pretende iniciar a execução pelas atividades que podem oferecer resultados mais rápidos, sem deixar de apoiar outras iniciativas no futuro.
Compromisso com o presente e o futuro
O governador do Amazonas, Wilson Lima, já confirmou que levará o plano à COP30. Antes disso, o governo estadual vai apresentar o documento à sociedade amazonense.
“Queremos mostrar que é possível gerar riqueza com responsabilidade. O desenvolvimento sustentável precisa nascer aqui, da floresta e das pessoas que vivem nela”, afirmou o governador.
Portanto, o plano será uma contribuição concreta do Amazonas ao debate climático global. Com ele, o estado busca provar que o equilíbrio entre economia e natureza não só é possível, como também urgente e necessário.
Fonte: Portal Único