Primeira edição do projeto
A Prefeitura de Manaus, por meio do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), realizou nesta terça-feira, 23/9, a primeira edição do projeto “Orquestra na Floresta”. O evento aconteceu na comunidade indígena aldeia Cipiá, localizada a 34 quilômetros da capital, às margens do rio Negro.
Encontro cultural inédito
O concerto marcou um momento histórico. A recém-criada Orquestra de Câmara de Manaus, entregue pelo prefeito David Almeida em agosto, se apresentou junto ao grupo de música indígena Cipiá. Dessa forma, promoveu um intercâmbio artístico entre a música erudita e a tradição indígena. Além disso, abriu espaço para um diálogo de respeito entre diferentes expressões culturais.
Valorização da diversidade
O presidente do Concultura, Tony Medeiros, ressaltou a importância da iniciativa:
“Este projeto é muito mais do que um concerto. Ele demonstra que Manaus respeita e valoriza sua diversidade cultural. Levar a orquestra até a floresta significa abrir novos caminhos de convivência, aprendizado e reconhecimento das nossas raízes.”
Portanto, a ação reforça o compromisso da Prefeitura em democratizar o acesso à arte.
Repertório que uniu culturas
Sob a regência do maestro Hermes Coelho, os músicos executaram obras de Bach e Vivaldi, além de criações brasileiras. Em seguida, a apresentação incluiu cantos e instrumentos conduzidos pelos moradores da aldeia.
Segundo o maestro, a experiência despertou forte emoção:
“Quando você leva a música até as pessoas, desperta algo nelas. Meu desejo é continuar levando a orquestra às comunidades sem acesso.”
Assim, a orquestra não apenas se apresenta, mas também cumpre uma função social de inclusão cultural.
Impacto para a comunidade
O público formado por moradores e convidados assistiu a um espetáculo de rara beleza. O cacique Domingos destacou a relevância simbólica do evento:
“Receber a Orquestra de Câmara em nosso território é um gesto de valorização da cultura indígena e respeito às nossas tradições.”
Ao mesmo tempo, jovens da comunidade sentiram-se inspirados. O estudante Cayo Ferro reforçou:
“Enquanto nortista, muitas vezes não nos sentimos protagonistas. Contudo, eventos como este mostram que a arte indígena também merece os holofotes.”
Consolidação de políticas culturais
A “Orquestra na Floresta” reforça as diretrizes do Concultura: descentralizar políticas culturais, democratizar o acesso à arte e valorizar a diversidade. Além disso, o projeto contribui para preservar tradições, estimular a criatividade e reafirmar a identidade cultural da Amazônia.
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