Redução histórica em agosto de 2025
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), por meio do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP), registrou 1.842 focos de calor em agosto de 2025, o menor número desde 2011, quando foram registrados 1.543 focos.
Além disso, os alertas de desmatamento caíram de 1.862 para 702, enquanto a área total desmatada recuou de 52.281 hectares para 15.790 hectares. Dessa forma, observa-se uma redução significativa nos indicadores ambientais do estado.
Fontes e monitoramento
Os dados sobre desmatamento vêm do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter/Inpe). Por outro lado, os focos de calor são registrados pelo Programa de Queimadas (BD Queimadas/Inpe). Ambos os sistemas são monitorados pelo Ipaam e pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
Além disso, essas informações alimentam os Panoramas Interativos de Focos de Calor e de Desmatamento, permitindo acompanhamento detalhado por município, categoria fundiária e região.
Atuação do Comitê Permanente
Segundo o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, os números refletem o trabalho contínuo do Comitê Permanente de Enfrentamento aos Eventos Climáticos.
“O Comitê acompanha todas as ações de monitoramento e combate ao desmatamento e às queimadas. O governador Wilson Lima prioriza a preservação ambiental, garantindo resultados concretos”, afirmou.
Focos de calor por município
O índice de focos de calor em agosto de 2025 caiu 82,16% em relação a 2024, quando foram contabilizados 10.328 registros. Entre os municípios, os mais afetados foram:
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Apuí: 416 focos
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Novo Aripuanã: 269 focos
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Humaitá: 210 focos
Em comparação, em agosto de 2024, Apuí registrou 2.267 focos, Lábrea 1.959 e Novo Aripuanã 1.208. Portanto, observa-se uma redução expressiva nas áreas historicamente mais críticas.
Desmatamento detalhado
O Deter/Inpe identificou 702 alertas de desmatamento até 28 de agosto de 2025, o que representa uma queda de 62,29% em relação ao ano anterior. A área desmatada totalizou 15.790 hectares.
No ranking de alertas:
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Lábrea: 68 registros
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Humaitá: 54 registros
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Boca do Acre: 53 registros
Em termos de área desmatada:
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Manicoré: 2.228 hectares
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Novo Aripuanã: 2.034 hectares
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Lábrea: 1.889 hectares
Dessa forma, os dados mostram uma queda significativa em comparação a 2024, quando Apuí, Lábrea e Manicoré apresentaram áreas superiores a 13 mil hectares cada.
Importância do monitoramento diário
A coordenadora do CMAAP, Priscila Carvalho, ressaltou:
“O acompanhamento constante dos focos de calor e alertas de desmatamento, aliado às ações preventivas em campo, tem sido determinante. Esse trabalho técnico e integrado combina análise de dados, tecnologia e articulação institucional.”
Além disso, o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, destacou que o monitoramento permite identificar áreas de maior pressão e direcionar políticas públicas de combate a crimes ambientais.
Acesso aos dados ambientais
Todos os dados de desmatamento, queimadas, qualidade do ar, monitoramento de cheias e secas estão disponíveis na plataforma Painel do Clima do Governo do Amazonas: www.paineldoclima.am.gov.br. Assim, a população e os órgãos públicos podem acompanhar em tempo real os indicadores ambientais do estado.
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