Governo do Amazonas destaca operação com Banco Mundial na COP30
O Governo do Amazonas levou à COP30, na segunda-feira (10/11), em Belém, uma das maiores operações de crédito ambiental já firmadas na Amazônia. O projeto envolve recursos do Banco Mundial e foca em sustentabilidade, equilíbrio fiscal e redução do desmatamento.
O governador Wilson Lima destacou a importância da parceria para ampliar investimentos no estado. Segundo ele, operações de crédito são essenciais para viabilizar projetos públicos.
“O Banco Mundial tem sido um grande parceiro. Por isso, estamos avançando em novas operações”, disse.
O que é o “AM Pró-Sustentabilidade”
A operação usa a modalidade Financiamento de Políticas de Desenvolvimento, do Banco Mundial. Ela reduz juros para governos que investem em reformas ambientais e no fortalecimento institucional.
No Amazonas, o programa recebeu o nome AM Pró-Sustentabilidade. A Sefaz e a Sema lideram a execução. No total, o financiamento chega a US$ 592,5 milhões, uma das maiores linhas já destinadas a um estado amazônico.
O gerente do Banco Mundial para a América Latina, Erwin de Nys, reforçou o caráter inovador da proposta. Ele explicou que o modelo combina gestão fiscal com metas ambientais. Além disso, parte do financiamento premia resultados na redução do desmatamento.
Modelo que pode inspirar outros estados
O secretário de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, disse que apresentar a iniciativa na COP30 ajuda a estimular outras gestões a replicar o modelo.
Segundo ele, o projeto alinha desenvolvimento econômico com proteção ambiental. Ele lembrou, ainda, que o plano segue uma diretriz do governador. Essa diretriz prioriza políticas fiscais que tragam impacto ambiental direto.
Folga fiscal e incentivos por metas
A operação deve gerar US$ 300 milhões de alívio fiscal nos próximos cinco anos. Assim, o estado poderá ampliar investimentos ou cobrir despesas prioritárias, como a folha salarial.
Além disso, o contrato inclui um bônus ambiental. O Amazonas pode receber até US$ 7,5 milhões em doação, sem acréscimo à dívida, se cumprir metas climáticas. Entre elas estão a redução do desmatamento e a neutralidade de emissões.
O estado precisava reduzir o desmatamento em 22,7%, com base nos anos de 2020 a 2022. Porém, superou a meta. A queda chegou a 39,9%, o equivalente a 2.563 km², entre 2023 e 2025.
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