Resultado de um trabalho que está transformando a vida dos indígenas do Amazonas, a Fundação Estadual do Índio (FEI) registrou a arrecadação de R$ 300 mil em produtos vendidos, após a realização de seis Feiras de Artesanato Indígena no primeiro semestre de 2023.Feiras de Artesanato Indígena
Os valores foram arrecadados nas Feiras de Artesanato Indígena realizadas nos municípios de Nhamundá, Parintins, Rio Preto da Eva e em ações culturais em Manaus, como o Carnaval, Carnaboi e a Conferência Estadual das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas.Feiras de Artesanato Indígena
O sucesso das Feiras reafirma o talento dos artesãos participantes sendo a maioria parte do Centro de Empreendedorismo Indígena Yandé Muraki, uma das iniciativas de distribuição de renda da FEI para as famílias indígenas amazonenses.
Além do Yandé, a Fundação buscou convidar artesãos de comunidades e etnias pertencentes aos municípios onde as Feiras ocorreram como os Heskayanas, naturais do município de Nhamundá e os Sateré-Mawé, naturais do município de Parintins e adjacências.
Para o diretor-presidente da FEI, Sinésio Trovão, as Feiras representam um novo momento para os artesãos e trabalhadores indígenas do estado.
“Nossos parentes antigamente colocavam suas obras no chão, agora com as Feiras de Artesanato Indígena, eles podem estar lado a lado com outros artesãos do nosso Estado competindo pelo mesmo público e tendo a oportunidade de obter sua renda de forma digna e mostrar o seu trabalho repassado de geração em geração ”, afirmou Trovão.
Para o técnico da FEI, Ricardo Peguete, as feiras conseguiram criar um ambiente seguro e agradável para os indígenas venderem os seus produtos para o público.
“Mantivemos boas estruturas para os stands de todos os nossos artesãos, queríamos que eles tivessem o maior conforto possível, em Parintins, conseguimos montar a nossa maior Feira, estamos orgulhosos com o sucesso da organização de todas as Feiras realizadas”, ressaltou Peguete.
Segundo o diretor administrativo-financeiro da FEI, Vanderlei Alvino, a feira demonstrou um forte exemplo de como é possível valorizar a cultura dos indígenas do Amazonas e torná-los protagonistas do seu trabalho.
“Os nossos parentes carregam nas suas obras, a história de seus povos, de suas etnias, sua arte carrega a sua ancestralidade, ao organizarmos as Feiras colocamos os holofotes no trabalho primoroso e de muita qualidade deles”, pontuou Alvino.
A próxima feira de artesanato acontecerá em São Gabriel da Cachoeira (distante 852 quilômetros de Manaus), durante o 25º Festival Cultural das Tribos Indígenas do Alto Rio Negro (Festribal) entre os dias 30 de agosto a 3 de setembro no município.
