Compromisso socioambiental marca espaço na COP30
O compromisso socioambiental foi um dos principais destaques do Espaço Chico Mendes e Fundação BB na COP30. A iniciativa ofereceu uma ampla programação gratuita e celebrou o legado das populações extrativistas e dos defensores dos biomas brasileiros. O evento ocorreu em novembro, no Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA).
Desde o início, o projeto priorizou práticas sustentáveis. Além disso, buscou integrar ações sociais e ambientais em todas as etapas da produção.
Sustentabilidade presente em todas as etapas
As ações incluíram cuidados com acessibilidade, destinação correta dos resíduos e estratégias de mitigação para alcançar carbono neutro. Segundo Priscila Paraguassú, diretora de produção e sustentabilidade do Estúdio Escarlate, o compromisso ambiental orientou todo o processo.
“Primeiramente, realizamos estudos e planejamento detalhado. Em seguida, acompanhamos cada etapa da produção, incluindo deslocamentos e métricas ambientais”, explicou.
Acessibilidade e estrutura inclusiva
O espaço garantiu acessibilidade para todos os públicos. Para isso, disponibilizou cadeiras de rodas, rampas sinalizadas e intérpretes de Libras em todas as apresentações. Além disso, ofereceu pontos de hidratação com água gratuita.
Houve também um posto médico para atendimentos pontuais e uma ambulância UTI preparada para emergências. Dessa forma, o evento assegurou conforto e segurança ao público.
Gestão de resíduos e inclusão social
Outro ponto relevante foi a gestão dos resíduos sólidos. Ao todo, 18 trabalhadores da Cooperativa de Catadores Visão Pioneira de Icoaraci (CocaVip) atuaram na coleta e destinação correta dos materiais.
Entre os resíduos, 425,2 quilos de isopor não reciclável foram recolhidos. Posteriormente, o material seguiu para uma fábrica especializada. Lá, foi transformado em tijolos sustentáveis que serão doados a uma creche local. Assim, a ação gerou impacto ambiental e social positivo.
Envolvimento com a comunidade local
Além das ações ambientais, o projeto fortaleceu o vínculo com os moradores do bairro Terra Firme. A programação incluiu plantio coletivo de mudas, atividades de escuta e troca de saberes, além da limpeza de ruas.
Também ocorreu uma marcha simbólica. Paralelamente, uma feirinha permitiu que empreendedores locais comercializassem produtos, principalmente artesanato. Com isso, o evento estimulou a economia comunitária.
Desafios enfrentados durante a COP30
Apesar dos resultados positivos, a equipe enfrentou desafios. O período da COP30 gerou escassez de recursos logísticos e aumento nos custos de serviços. Além disso, houve superlotação nos sistemas de transporte.
Por esse motivo, a produção precisou realizar ajustes diários. Ainda assim, o evento manteve suas diretrizes ambientais e sociais.
Reconhecimento e legado sustentável
Ao final, o espaço recebeu o Certificate of Verified Carbon Unit (VCU) Retirement, que reconhece a redução de uma tonelada de CO₂ equivalente. Além disso, conquistou o selo Natureza Positiva, concedido a iniciativas alinhadas às práticas de ESG.
“O projeto demonstra que grandes eventos podem ser realizados com responsabilidade ambiental e respeito às comunidades locais”, concluiu Priscila Paraguassú.
O Espaço Chico Mendes e Fundação BB na COP30 foi realizado pelo Comitê Chico Mendes, pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e pela Fundação Banco do Brasil. A iniciativa contou com apoio do Memorial Chico Mendes, do Museu Paraense Emílio Goeldi e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.







