Governadores reafirmam apoio à COP30
Durante o encontro do Fórum Nacional de Governadores, em Belém, nesta quarta-feira (13/8), 19 governadores e vice-governadores confirmaram seu apoio à COP30. O evento ocorrerá entre 10 e 21 de novembro de 2025. Além disso, o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, ressaltou a importância da participação dos estados no enfrentamento das mudanças climáticas. Dessa forma, reforça-se a necessidade de ação conjunta entre os entes federativos.
Declaração de apoio e simbolismo da Amazônia
Os representantes estaduais assinaram uma declaração formal de apoio à conferência. O documento destaca, ainda, o simbolismo de sediar a COP30 na Amazônia. Além disso, expressa confiança nos preparativos logísticos da cidade. Segundo a declaração, o evento reforça o compromisso dos estados com as diretrizes climáticas globais e, consequentemente, com a liderança do Brasil no combate às mudanças climáticas.
O papel do Brasil na agenda climática
O governador do Pará, Helder Barbalho, afirmou que o Brasil deve se envolver cada vez mais. Ele destacou, portanto, a importância de unir esforços em favor do meio ambiente e do combate às mudanças climáticas. Além disso, enfatizou que o país tem a chance de liderar a agenda da sustentabilidade econômica, ecológica e social, aproveitando práticas já implementadas nos estados. Assim, o Brasil pode servir de exemplo para outras nações.
Participação dos entes subnacionais
Segundo o embaixador André Corrêa do Lago, os entes subnacionais são essenciais para implementar acordos climáticos. Eles atuam, por exemplo, junto ao setor privado, à academia e à sociedade civil. A Agenda de Ação da COP30 busca, portanto, envolver todos os setores da economia e níveis de governo. Dessa maneira, é possível acelerar o cumprimento dos compromissos climáticos e conectar a ambição climática a oportunidades de desenvolvimento. Diferentemente das negociações tradicionais, a agenda foca na implementação de compromissos já acordados, com base no Balanço Global do Acordo de Paris.
Agenda de Ação e objetivos-chave
A Agenda de Ação tem seis eixos que abrangem mitigação, adaptação e meios de implementação. Além disso, possui 30 objetivos-chave, acompanhados de grupos de ativação. Soluções e iniciativas concretas serão reunidas em um documento de referência. Dessa forma, investimentos, inovação, finanças, tecnologia e capacitação podem ser melhor direcionados, reforçando, assim, o papel do Brasil como país de soluções climáticas.
O embaixador também ressaltou que o debate sobre mudanças climáticas evoluiu nas últimas décadas. Inicialmente, era uma agenda ambiental; agora, tornou-se um tema econômico e geopolítico. Por isso, é essencial que os compromissos tragam benefícios diretos à população. Assim, a agenda climática deve gerar desenvolvimento sustentável, criar direitos e impactar positivamente a sociedade.
Representantes estaduais que assinaram a carta
Os 19 representantes que assinaram a declaração foram: Gladson Camelí (Acre), Ronaldo Lessa (Alagoas, governador em exercício), Clécio Luís (Amapá), Wilson Lima (Amazonas), Jade Romero (Ceará, vice-governadora), Renato Casagrande (Espírito Santo), Daniel Vilela (Goiás, vice-governador), Mauro Mendes (Mato Grosso), Barbosinha (Mato Grosso do Sul, governador em exercício), Helder Barbalho (Pará), Lucas Ribeiro (Paraíba, vice-governador), Raquel Lyra (Pernambuco, governadora), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte, governadora), Gabriel Souza (Rio Grande do Sul, vice-governador), Sérgio Gonçalves (Rondônia, vice-governador), Felicio Ramuth (São Paulo, vice-governador), Fábio Mitidieri (Sergipe) e Wanderlei Barbosa (Tocantins).
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