Debate sobre Desenvolvimento Sustentável
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema) participou, de forma virtual, na segunda-feira (18/11), de um painel na COP30. O encontro apresentou a integração entre ações governamentais e a iniciativa Arpa Comunidades, que fortalece comunidades em Unidades de Conservação da Amazônia.
Durante o evento, o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, destacou a importância do equilíbrio entre desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Segundo ele, políticas públicas duradouras reforçam esse compromisso.
“Essa lógica de equilibrar desenvolvimento econômico, social e conservação ambiental é o tripé do desenvolvimento sustentável. E acrescento um quarto elemento: políticas públicas de longo prazo, como o Arpa Comunidades, uma iniciativa de 15 anos que pode ser um componente importante na nossa luta contra o desmatamento”, afirmou.
Evento e Debates na COP30
Organizado pelo Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, em parceria com o WWF-Brasil e o Funbio, o painel reuniu gestores estaduais e representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
A programação ocorreu no espaço do Consórcio de Governadores, na Zona Azul, e promoveu debates sobre como unir conservação, desenvolvimento econômico e fortalecimento social.
O que é o Arpa Comunidades
O Arpa Comunidades foi lançado pelo governo federal durante a COP30, em Belém (PA). A iniciativa representa uma nova fase do programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).
Ela reconhece o protagonismo dos territórios e incentiva o uso sustentável dos recursos naturais como pilares da conservação do bioma.
Com planejamento de 15 anos (2025–2039), a estratégia beneficiará 130 mil pessoas e terá foco em 60 Unidades de Conservação.
Importância das Políticas de Longo Prazo
O secretário Eduardo Taveira reforçou que políticas consistentes garantem resultados mais sólidos contra o desmatamento.
Ele citou o manejo do pirarucu, já realizado em cerca de 17 Unidades de Conservação do Amazonas, como exemplo de ação bem-sucedida.
“Ao manejar o pirarucu, as comunidades protegem o lago e várias espécies de peixe. Elas também preservam a mata e os serviços ecossistêmicos ao redor. Apoiar essa atividade é um passo importante para uma política pública mais integrada e abrangente”, declarou.
Fortalecimento Comunitário e Geração de Renda
Taveira também ressaltou que o Arpa Comunidades fortalece a organização local, aumenta a autonomia das associações e reduz a dependência de atravessadores.
Ao valorizar a economia da sociobiodiversidade e estimular cadeias produtivas legais, o programa ajuda a enfrentar desafios que ameaçam a região.
“O Arpa Comunidades fortalece a agenda da economia comunitária, amplia a capacidade de gestão das associações e reduz a dependência de atravessadores. Assim, aumenta a renda gerada pelo extrativismo. Além disso, conecta essa produção ao abastecimento dos pequenos municípios e reduz a pressão de atividades ilegais”, afirmou.
Participação do Amazonas na COP30
O Amazonas participa da COP30 com uma das agendas mais amplas entre os nove estados da Amazônia Legal.
O foco é promover a floresta em pé, a bioeconomia e a transição energética justa.
Durante o evento, o Estado apresentou:
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o Plano de Bioeconomia e a Política Estadual de Transição Energética;
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o Inventário de Emissões Atmosféricas;
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portfólios com 50 projetos financiados pela Fapeam;
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o Inventário e o Catálogo com ações para o enfrentamento da estiagem e eventos climáticos extremos;
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o primeiro contrato de REDD+ do Amazonas, para o Parque Estadual Sucunduri;
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a contratação da banca organizadora do primeiro concurso público da Sema.
Além disso, temas como o programa de moradia sustentável Amazonas ECOLar, o Prosamin+ e as bases Arpão também foram debatidos nas plenárias do encontro.
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