O Amazonas registrou uma redução de 16,92% no desmatamento entre agosto de 2024 e julho de 2025, em comparação com o período anterior. Os dados, divulgados pelo Inpe, reforçam o avanço das ações de controle ambiental no estado. Além disso, o resultado reflete um esforço conjunto entre órgãos estaduais e federais para conter o desmatamento ilegal.
O levantamento do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) mostra 1.016 km² de vegetação suprimida em 2025, ante 1.223 km² no ciclo anterior. Portanto, a queda representa uma melhora significativa no cenário ambiental do estado.
Menor índice em oito anos
A área registrada é a menor desde 2017, quando o Prodes detectou 1.001 km² de desmatamento no Amazonas. Por outro lado, o número atual demonstra uma tendência de redução consistente nos últimos anos.
Os dados, monitorados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), consolidam o período de 1º de agosto a 31 de julho. Assim, o resultado confirma a eficácia das políticas públicas ambientais e do monitoramento contínuo.
No total da Amazônia Legal, o desmatamento caiu de 6.518 km² em 2024 para 5.796 km² no novo ciclo — uma redução de 11,07%. Consequentemente, o Amazonas passou da lista dos estados com maiores índices para a quarta posição, demonstrando avanços expressivos na preservação do bioma.
Fiscalização e tecnologia reforçam resultados
O diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, destacou que a redução é fruto da integração entre órgãos de fiscalização e do uso intensivo de tecnologia. De acordo com ele, a combinação entre inteligência geotecnológica, presença no território e ações preventivas tem produzido resultados sólidos.
“Com o respaldo do governador Wilson Lima e a coordenação entre Ipaam, Sema e parceiros federais, intensificamos a presença em áreas críticas. Além disso, usamos dados em tempo real para direcionar nossas operações. Dessa forma, garantimos maior eficiência na fiscalização e na educação ambiental. A vigilância é contínua e a proteção da floresta permanece prioridade”, afirmou Picanço.
Políticas públicas e integração institucional
Para o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, os resultados positivos decorrem do fortalecimento das políticas públicas ambientais e da integração entre os órgãos estaduais. Segundo ele, a governança ambiental adotada no Amazonas é baseada em planejamento, tecnologia e presença territorial.
“Ao mesmo tempo, temos investido em políticas estruturantes, como o apoio às comunidades e o incentivo à bioeconomia. Essas iniciativas, por sua vez, são essenciais para consolidar reduções duradouras no desmatamento. O desafio é grande, mas o compromisso com a floresta é permanente”, destacou o secretário.
Portanto, a combinação entre ações imediatas e medidas estruturais tem sido determinante para o controle ambiental. Enquanto isso, o governo reforça o apoio às populações locais e busca alinhar o desenvolvimento econômico à preservação.
Entenda o papel do Prodes e do Deter
O Prodes é o sistema oficial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que mede o desmatamento anual consolidado, entre 1º de agosto e 31 de julho. Por outro lado, o Deter (Detecção de Desmatamentos em Tempo Real) atua como sistema de alerta rápido, permitindo identificar e agir sobre áreas de risco quase em tempo real.
Enquanto o Prodes fornece dados consolidados para análise anual, o Deter orienta ações imediatas de fiscalização. Assim, o Governo do Amazonas utiliza ambos de forma complementar: o primeiro para diagnóstico, o segundo para reação rápida no campo.
Vigilância permanente e novas estratégias
Apesar da redução, o Governo do Amazonas reforça que a vigilância continua como prioridade. Dessa maneira, o estado mantém equipes em campo com foco em inteligência ambiental, apreensão de equipamentos ilegais e interdição de acessos clandestinos.
Além disso, há articulação com prefeituras, povos indígenas e comunidades tradicionais para reduzir a pressão sobre as florestas e recuperar áreas degradadas.
Consequentemente, as ações buscam garantir que o avanço na preservação se torne sustentável e permanente ao longo dos próximos anos.







