IEA apresenta projeto sobre povos indígenas e sustentabilidade
Estudantes da 3ª série do Ensino Médio do Instituto de Educação do Amazonas (IEA), na zona sul de Manaus, apresentaram nesta quinta-feira (28/08) o projeto interdisciplinar “O diálogo com a natureza: povos indígenas e a sustentabilidade”. A iniciativa, coordenada pela professora de Biologia Márcia de Castro, valoriza os saberes ancestrais dos povos indígenas da Amazônia e busca respostas para os desafios ambientais agravados pela crise climática.
Pesquisas teóricas e de campo
O projeto, em seu terceiro ano, envolve alunos em pesquisas teóricas e de campo sobre etnias indígenas da Amazônia. Durante as visitas de campo, os estudantes dialogam com membros das etnias e lideranças indígenas. Além disso, aplicam a sabedoria ancestral para criar soluções práticas e sustentáveis.
Representação na COP30
Com os resultados das pesquisas, os alunos terão a oportunidade de representar a educação amazonense na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em novembro de 2025, em Belém (PA). Dessa forma, eles conectam aprendizado escolar a debates internacionais sobre clima e sustentabilidade.
Ciência e tradição
Segundo a coordenadora Márcia de Castro, o projeto permite que os estudantes compreendam a importância do diálogo entre ciência e tradição. Além disso, incentiva o engajamento na preservação da diversidade amazônica.
“Essa geração precisa conhecer e valorizar a cultura indígena. Portanto, os alunos indígenas também devem se autovalorizar e reconhecer sua importância para o equilíbrio do planeta”, ressaltou a professora.
O futuro é ancestral
Durante visitas ao Centro de Medicina Indígena Bahserikowi, na zona sul, os estudantes aprenderam como os povos indígenas vivem em harmonia com a floresta. Além disso, perceberam que é possível tirar apenas o essencial para a sobrevivência sem degradar o ambiente.
O projeto também implementou os “Jogos indígenas”, promovendo uma imersão cultural que envolveu grande parte do corpo estudantil.
Experiência dos estudantes
O estudante Brando Vilhena, indígena Mura, participa do projeto desde a 1ª série. Ele destacou que a iniciativa ajudou a resgatar memórias familiares e a compreender sua identidade.
“A partir do projeto, descobri que sou indígena e pude aprender mais sobre minha família. Além disso, as atividades me permitiram interagir e conhecer outros alunos e profissionais”, afirmou Brando.
COP30 e aprendizados culturais
Alunos da 3ª série, que acompanharam o projeto desde o início, realizaram apresentações em salas temáticas sobre as culturas Kokama, Mura, Munduruku e Sateré-Mawé.
A estudante Jhulie Haddad, que representará a escola na COP30, afirmou que o projeto trouxe uma nova percepção sobre sustentabilidade e a importância de valorizar a Amazônia.
“Quando conheci o projeto, percebi que nossa cultura é mais rica do que imaginávamos. Além disso, trabalhar com estudantes indígenas e profissionais da área foi muito importante para meu aprendizado”, destacou a aluna.
Leia também
Clingpack Manaus, em visita Suframa destaca crescimento da empresa







