Ação de monitoramento
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), realizou o monitoramento da biodiversidade em três Unidades de Conservação (UC) da rodovia BR-319: RDS Igapó-Açu, RDS Rio Amapá e Parque Estadual Matupiri, que sediou a base das atividades.
A ação ocorreu de 13 a 23 de agosto, reunindo cerca de 15 monitores ambientais, entre comunitários e técnicos. O trabalho envolveu o registro de aves, mamíferos e borboletas, permitindo avaliar a saúde dos ecossistemas e fortalecer a gestão participativa das UCs.
Importância do monitoramento
“O monitoramento nos permite verificar a efetividade do manejo, integrar os comunitários na gestão e identificar pressões e ameaças. É muito gratificante observar a diversidade de espécies, desde bandos de macacos até borboletas raras. Esse contato mostra o quanto a gestão integrada contribui para a conservação”, destacou Alex-Sandra Farias, gestora do Demuc.
Capacitação e uso de tecnologias
Os monitores e técnicos utilizam o Smart, ferramenta oficial do Estado para coleta e análise de dados sobre fauna e flora, com apoio da Wildlife Conservation Society (WCS Brasil) e WWF Brasil. Dessa forma, a plataforma fornece informações essenciais para decisões em campo e consolida o protocolo mínimo de monitoramento nas unidades.
“Nesta segunda bateria de coletas, capacitamos aproximadamente 18 monitores e emitimos relatórios satisfatórios sem problemas técnicos. Essa experiência será expandida para outras unidades de conservação do Estado”, afirmou Cristiano Gonçalves, gestor da RDS Igapó-Açu e do Parque Estadual Matupiri.
Resultados e engajamento comunitário
O monitoramento fortalece o vínculo das comunidades com a floresta e aumenta a consciência ambiental. Para o monitor Caio Henrique, da comunidade Jatuarana, a experiência trouxe aprendizados que serão multiplicados em sua comunidade.
“Percorremos trilhas, coletamos borboletas e registramos os dados no SMART. Agora posso levar essa experiência para a comunidade, mostrando a importância de uma reserva conservada. Aqui aprendi que a reserva é o pulmão da gente”, declarou.
Destaques da expedição
A presença de borboletas, consideradas bioindicadores da qualidade ambiental, destacou-se na expedição. Elas refletem o estado de conservação dos ecossistemas e atuam como polinizadoras essenciais.
Segundo o técnico Danilo Cerqueira, os resultados positivos e a participação coletiva reforçam a proteção ambiental e a integração comunitária.
“Esse trabalho avalia se a biodiversidade está intacta ou ameaçada por fatores como desmatamento e queimadas. No Matupiri, vemos que a área continua bem conservada e que as comunidades estão engajadas, fortalecendo a gestão participativa”, finalizou.