A Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Ciama) realizou, nesta quarta-feira (13/08), uma nova etapa dos Diálogos Participativos, desta vez no município de Careiro, a 88 km de Manaus. O objetivo foi ouvir a sociedade e identificar prioridades para compor o Plano de Bioeconomia do Amazonas, coordenado pela Sedecti, que será apresentado na COP30, em Belém.
Participação da comunidade
No evento, mais de 50 pessoas participaram, incluindo produtores rurais, pescadores e representantes das secretarias municipais de Administração, Turismo, Educação, Produção, Pesca e Cultura. Além disso, estiveram presentes membros do Sindicato Rural, do coletivo feminino Diva da Floresta e da ONG Casa do Rio.
Dinâmicas de grupo e eixos centrais
As atividades foram organizadas em dinâmicas de grupo, que trabalharam cinco eixos centrais:
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Governança: discutiu a implantação de políticas públicas de bioeconomia adequadas à realidade local.
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Descarbonização e energia renovável: os participantes apresentaram alternativas para uma segunda matriz energética que beneficie comunidades isoladas e previna impactos ambientais.
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Pessoas e Cultura: identificou grupos étnicos e valorizou atividades culturais existentes no município.
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Ecossistemas de Negócios: analisou atividades já existentes ou potenciais, como agroindústria, pesca e pecuária na cadeia da bioeconomia.
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Patrimônio cultural e genético: enfatizou a preservação de atividades produtivas exclusivas da região.
Avaliação dos organizadores
A socióloga Cira Senna, assessora da Ciama e integrante do Comitê Gestor do Plano de Bioeconomia, avaliou o evento como um sucesso. “Tivemos uma participação muito expressiva e todos contribuíram bastante para identificar as potencialidades e necessidades do Careiro. Assim, o Plano de Bioeconomia poderá representar de fato a realidade do município”, destacou.
Depoimentos dos participantes
A produtora rural Margareth Farias, da Comunidade PA Panelão, ressaltou a importância do diálogo. “Aqui, colocamos nossas expectativas para que o Governo nos ouça e traga mais recursos. Dessa forma, podemos desenvolver melhor a comunidade, seja como produtores rurais ou artesãos”, disse.
Além disso, Francimara Araújo, diretora de Relações Institucionais da ONG Casa do Rio, reforçou a relevância do evento. “Quando o Governo discute a bioeconomia com agricultores, artesãos, populações tradicionais e sociedade civil, ganhamos muito. Esse diálogo é essencial para planejar de fato a bioeconomia no Amazonas”, avaliou.
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