O governador Wilson Lima assinou, nesta quarta-feira (02/07), uma parceria com a empresa Super Terminais para construir a primeira usina a gás natural do Norte do Brasil com foco exclusivo em operações portuárias. O investimento de R$ 30 milhões marca um avanço estratégico rumo a uma matriz energética mais limpa e eficiente no Amazonas.
Energia mais limpa no transporte portuário
Segundo Wilson Lima, o projeto representa um passo decisivo na transição para fontes menos poluentes.
“Apesar de ser uma fonte fóssil, o gás natural polui menos que o diesel e a gasolina. Por isso, é uma escolha segura e viável neste momento de transição energética”, afirmou o governador.
O fornecimento de energia será direcionado aos três guindastes elétricos Konecranes já em operação no terminal. Esses equipamentos, pioneiros no mundo, permitirão redução significativa de emissões, além de mais segurança operacional.
Como será a infraestrutura da usina?
A nova usina será ligada ao porto por meio de 3,5 quilômetros de gasoduto subterrâneo, com capacidade para fornecer até 12 mil m³ de gás por dia. Com isso:
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Elimina-se o transporte rodoviário de diesel;
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Reduz-se o tráfego de caminhões pesados na região portuária;
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Estima-se uma queda de 17 mil toneladas de CO² por ano nas emissões do terminal.
A conclusão da obra está prevista para os próximos 12 meses.
Parcerias que viabilizam inovação
O projeto é resultado de uma articulação entre governo e iniciativa privada. Participaram da assinatura:
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Heraldo Beleza (presidente da Cigás);
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Diego Afonso (deputado estadual);
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Ronney Peixoto (secretário de Energia, Mineração e Gás);
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Gustavo Picanço (presidente do Ipaam);
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Jean Cleuter (presidente da OAB-AM);
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Audaliphal Silva (desembargador do TRT 11);
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Marcello Di Gregório (diretor-presidente da Super Terminais).
“Esperamos que esse pioneirismo inspire outras indústrias e portos a aderirem às energias renováveis”, disse Marcello Di Gregório.
Gás natural como nova matriz econômica
Esse projeto está alinhado à estratégia do governo estadual de consolidar o gás natural como uma nova base econômica para o Amazonas.
Desde 2019, o estado avança com:
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A Lei do Gás (nº 5.420/2021), que rompeu o monopólio na distribuição;
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Expansão da rede de gasodutos para 335 km, abastecendo 25 mil unidades;
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Atração de grandes projetos como o Complexo do Azulão 950, em Silves.
Complexo Azulão e futuro energético do estado
O Complexo do Azulão 950, da empresa Eneva, receberá investimento de R$ 5,8 bilhões para construção de três usinas termelétricas a gás natural.
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Previsão de geração: energia para até 3,7 milhões de residências;
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Empregos no pico das obras: mais de 5 mil vagas;
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Conclusão esperada: entre o fim de 2026 e o início de 2027.
Economia e sustentabilidade para a indústria
No setor industrial, o gás natural garante até 47% de economia frente ao diesel e 54% em relação ao GLP. Dessa forma, o Amazonas avança não apenas em inovação, mas também em competitividade e sustentabilidade.
A construção da primeira usina a gás natural voltada para atividades portuárias confirma o protagonismo do Amazonas na transição energética. O estado se posiciona como referência em soluções limpas e inovadoras, unindo crescimento econômico com responsabilidade ambiental.