O Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), participa ativamente da Conferência Global sobre Clima e Saúde de 2025. O evento ocorre de 29 a 31 de julho, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília.
Conferência antecipa debates da COP30
Com a presença de 600 participantes de mais de 12 países, a conferência se consolidou como um passo estratégico rumo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro, em Belém.
O Governo do Brasil promove o encontro em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Além disso, a iniciativa recebe apoio do Reino da Espanha, Reino Unido, Fundação Gates, Fundação Rockefeller e Wellcome.
FVS-RCP contribui com adaptação do setor saúde
Durante a programação, a FVS-RCP participa de grupos de trabalho voltados à construção de políticas de adaptação climática no setor saúde. Por esse motivo, as contribuições da fundação serão incorporadas ao Plano de Ação em Saúde de Belém, documento que o Brasil apresentará na COP30.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, enfatizou a importância da presença amazônica no evento:
“Vivenciamos diretamente os efeitos da crise climática, das queimadas às emergências de saúde. Portanto, é fundamental que a perspectiva amazônica esteja refletida nos acordos internacionais.”
Região amazônica reforça valor técnico e estratégico
Segundo Augusto Zany, diretor de Planejamento, Emergências em Saúde Pública e Ações Estratégicas da FVS-RCP, a participação da Amazônia também deve garantir rigor técnico às propostas:
“Dessa forma, conseguimos estruturar soluções concretas e realistas. Além disso, asseguramos que a realidade da nossa região seja considerada.”
Autoridades nacionais destacam integração entre clima e saúde
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Lima, afirmou que discutir saúde dentro da agenda climática é uma prioridade urgente:
“À medida que os eventos extremos se intensificam, torna-se cada vez mais necessário analisar o impacto do clima sobre a saúde pública.”
Da mesma maneira, Ana Toni, CEO da COP30, destacou que o evento busca gerar ações integradas e aplicáveis:
“Nesse sentido, pretendemos alinhar as estratégias de saúde às metas internacionais. Assim, o plano de ação deve refletir os compromissos da Convenção sobre Mudança do Clima.”
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também reforçou o compromisso nacional ao apresentar a proposta preliminar do Plano Belém na Assembleia Geral da OMS:
“Com isso, buscamos sistematizar a proposta e, consequentemente, facilitar a mobilização e adesão internacional.”
Participação social promove inclusão e equidade
Simultaneamente, o evento conta com representantes do controle social. A presidenta do Conselho Nacional de Saúde, Fernanda Magna, defendeu uma atuação mais inclusiva:
“Para tanto, é preciso combater desigualdades, integrar ações com Conass e Conasems e garantir proteção aos grupos vulneráveis.”
Aliança internacional fortalece compromissos conjuntos
A programação também inclui a reunião anual da Aliança para Ação Transformadora em Clima e Saúde (Atach). Com essa articulação, os países fortalecem compromissos multilaterais e ampliam a troca de experiências.
Objetivos centrais da conferência
Entre os principais propósitos do evento, destacam-se:
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Incorporar contribuições regionais ao Plano de Ação em Saúde de Belém;
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Formalizar compromissos dos países-membros da Atach com a agenda climática da saúde;
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Reafirmar a saúde como eixo estruturante da COP30;
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Apresentar evidências científicas que embasem a implementação das ações.
Em resumo, a participação do Amazonas reforça o papel estratégico da região nos debates globais sobre clima e saúde. Por conseguinte, o estado se torna peça-chave na construção de soluções que priorizam a equidade, a resiliência e a sustentabilidade.
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